Quaresma, tempo de conversão
- Padre Lourisvande Gomes Carvalho Vigário
- 8 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de mar.

Padre Lourisvande Gomes Carvalho Vigário
PARÓQUIAL DA QUASE PARÓQUIA NS APARECIDA CRUZEIRO DO SUL | VEREDA, BA.
CF- 2025 FRATERNIDADE E ECOLOGIA INTEGRAL.
"Deus viu que tudo era muito bom" (Gn 1,31).
Estamos, como Igreja, prestes a iniciar mais um novo tempo de graça (Kairós) e conversão (Metanóia): o período quaresmal. A Santa Mãe Igreja nos instrui e disciplina a seguir os passos do seu Mestre e Fundador, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Esse é um momento de decisão e renúncia ao mesmo tempo—decidir por Ele e por seu projeto libertador e renunciar a nós mesmos, às nossas pretensões e anseios humanos, para nos nutrirmos de Deus por meio da escuta de Sua Palavra eterna, encarnada em nossa humanidade.
Esse tríplice encontro espiritual—com Deus, conosco mesmos e com nossos semelhantes—acontece por meio dos exercícios espirituais da oração, do jejum e da caridade. A humanidade é capaz de superar as dificuldades e os contratempos da vida, mas carece da presença e dos auxílios divinos. Por isso, a Quaresma exige de nós a conversão (Metanóia), ou seja, mudar a maneira de pensar para alcançar um agir adequado (ethos). Para tanto, requer uma rendição—o reconhecimento de nossos limites humanos e o apoio no Divino para alcançar essa meta.
Todos os anos, a Igreja identifica um problema concreto que afeta a convivência fraterna e social. Neste Ano Jubilar da Esperança (2025), mais uma vez, a questão ambiental é colocada em evidência. O meio ambiente e o clima vêm sendo cada vez mais impactados pelo alto índice de exploração e degradação da natureza, além do consumismo exacerbado.
Diante dessa realidade, a Igreja, como instrumento de salvação, se apoia no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e anuncia o Kerigma—a paixão, morte e ressurreição—para que os cristãos e todas as pessoas de boa vontade tomem consciência do valor da criação e da responsabilidade de cuidar e zelar pelos bens da natureza, buscando um equilíbrio ambiental e social.
O Sumo Pontífice, Papa Francisco, adotou esse nome justamente para convocar e sensibilizar toda a humanidade para o devido zelo e cuidado com a criação, fazendo alusão ao santo que mais se assemelhou a Cristo: o jovem frade Francisco de Assis.
Que possamos, neste momento decisivo e desafiador, nos espelhar no Papa Francisco, que, por sua vez, se espelhou em Francisco de Assis, e este em Nosso Senhor Jesus Cristo, que um dia lhe perguntou:
"Mestre, que queres que eu faça?"
Que possamos buscar essa resposta não apenas em nível intelectual, mas na prática, por meio da adesão e do seguimento, preenchendo o vazio da nossa existência com o cuidado pela natureza e pela humanidade, da qual todos fomos criados.
Que assim seja.
Pe. Louro!. Muito bom o texto. Que o Bom Deus o fortaleça sempre mais na missão junto a Quase Par. N. Sra Aparecida. Obrigada de coração pela partilha. Um abençoado domingo.
Unidos pela mesma fé quaresmal